Pesquisa realizada pela Promotoria do Idoso, em Belém, revela que a maioria das agressões contra o idoso ocorre no ambiente doméstico, sendo praticada, em 60% dos casos, por filhos e filhas dos idosos. O dado preocupante colocou em alerta diversos setores da sociedade e do poder público, que buscam uma saída para combater de forma eficaz o problema. O assunto será debatido nesta quinta-feira (11), na Assembléia Legislativa do Pará (Alepa), em sessão especial solicitada pelos deputados José Megale, líder do PSDB e Edmilson Rodrigues, líder do Psol.
A sessão é alusiva ao “Dia Mundial de Combate à Violência contra a Pessoa Idosa”, que foi criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) e tem como objetivo despertar uma consciência mundial, social e política da existência da violência contra a pessoa idosa. Devem fazer parte da sessão, além dos deputados, representantes do governo, da área de saúde, justiça e organizações não governamentais.
Para José Megale, é imprescindível o debate entre sociedade e governo para garantir o enfrentamento do problema e garantir políticas públicas à categoria. Ele lembra que, hoje, a violência contra o idoso é considerada uma questão de saúde pública. Ela é a segunda causa de mortalidade entre a população de todas as idades no Brasil e atinge pessoas de todas as classes sociais. Segundo dados da Política Nacional de Redução da Mortalidade por Acidentes e Violências do Ministério da Saúde, a violência tem um forte reflexo no índice de mortalidade dos idosos.
De acordo com a Coordenação Estadual de Saúde do Idoso, da Secretaria de Estado de Saúde (Sespa), a violação dos direitos do idoso inclui desde a violência no âmbito privado (em geral dentro de suas próprias casas cometidas por parentes ou pessoas próximas) até a violência institucional ou na esfera pública, em que os direitos de cidadania não são conhecidos.
Com dados do site da Sespa
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