Foi com muito orgulho que vibramos e torcemos pelos nossos paratletas nos Jogos Olímpicos de Londres de 2012. Esses jovens venceram os obstáculos e mostraram que quando se tem determinação é possível superar as dificuldades e concretizar os sonhos. Parabenizar os vencedores, àqueles que lutam contra todas as dificuldades para mostrar que são capazes de ultrapassar os obstáculos e alcançar os objetivos. É com esta perspectiva que apresentamos o Decreto Legislativo que concede a Medalha de Honra ao Mérito aos guerreiros Alan Fonteles Cardoso de Oliveira e Jhulia Santos, que representaram com muito orgulho o Brasil e o Pará nos Jogos Paralímpicos de Londres 2012.
Alan - O paraense Alan Fonteles, nascido no município de Marabá, foi o mais rápido brasileiro nos 200m rasos T44 (categoria para pessoas amputadas), e o segundo mais rápido do planeta, com o tempo de 21s45.
O velocista fez história ao conquistar a medalha de ouro na prova e se tornar o primeiro paratleta do mundo a conseguir derrotar o sul-africano Oscar Pistorius, maior nome do esporte na modalidade.
Essa superação, sem sombra de dúvida, foi mais uma na vida do paraatleta, que com 21 dias de vida, em conseqüência de uma série de manifestações graves, causada por uma infecção teve suas pernas amputadas.
Aos oito anos de idade ingressou no atletismo e em 2008, em Pequim, participou pela primeira vez das Paralimpíadas, obtendo a prata no revezamento 4x100m com apenas 16 anos. Aos 20, o paraatleta conseguiu dois bronzes no Campeonato Mundial da Nova Zelândia, em 2011, e uma prata e um bronze nos Parapan-Americanos de Guadalajara, no México, também no ano passado.
De acordo com informações de sua mãe Cláudia Fonteles, uma das maiores dificuldades vividas por Alan Fonteles foi conseguir próteses pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A primeira prótese foi usada aos nove meses. Até aos 13 anos de idade, o paraatleta usou próteses de madeira para caminhar. O atleta paraense, de 20 anos, começou a correr aos oito em um projeto de iniciação esportiva ligado ao governo do Pará.
Em entrevista a BBC Brasil, sua primeira treinadora, Suzete Montalvão, relatou que ficou assustada e preocupada ao pedido da mãe de Alan para que treinasse o menino. Nunca tinha treinado um atleta paraolímpico, afirmou Montalvão, que acompanhou Alan até o fim do ano passado, quando o mesmo se juntou à equipe permanente paraolímpica, adaptando os movimentos do atleta às próteses de madeira. Suzete lembrou que muitas vezes Alan Fonteles sangrava na hora do treinamento, mas ele sempre queria continuar. De acordo com sua mãe, ele nunca reclamou de sua condição e nem se queixa das dificuldades, pelo contrário, é um obstinado nas suas posições, e a família sempre acreditou que ele poderia exercer as atividades esportivas. O paraense conquistou uma medalha de prata no revezamento 4x100m nas Paraolimpíadas de Pequim 2008, a prata nos 200m e o bronze nos 100m nos Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara 2011 e o bronze nos 100m no Mundial de Christchurch, em 2011. Mas o sonho desse jovem paraense sempre foi ir às Olimpíadas.
Jhulia Santos - A paratleta Jhulia Santos, do município de Terra Santa, orgulhou o Brasil e o Pará ao vencer a medalha de bronze nos 100 metros T11. E essa homenagem é apenas dizer muito obrigado e incentivá-la a continuar sua luta e sendo referência para outros jovens. Parabéns, a essa paratleta que tem superado os obstáculos para conquistar seus sonhos. Que sua busca continue incessante por novas aprendizagens.
Ao entregar o título de Honra ao Mérito estamos demarcando e anunciando para a sociedade que essas pessoas são especiais, pois contribuem com suas lutas, seja em que campo ou natureza for, para consolidar suas expertises, ou seja, o conhecimento adquirido a partir das experiências realizadas e com a capacidade de aplicar o que foi aprendido de forma adequada às solicitações requeridas por suas possibilidades.
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