O Pará tem que ser bem representado no Salão do Cacau, que
vai ocorrer em junho, na Bahia. O evento vai reunir investidores e produtores
de todo o mundo e será um bom momento para mostrar a qualidade do cacau paraense, produto
de várzea, que provém de uma agricultura sustentável. Este foi um de nossos assuntos na tribuna da Assembleia Legislativa, nesta quarta-feira (2).
Na semana passada, durante a reunião do Fundo da Lavoura
Cacaueira (Funcacau) discutimos o lançamento de um plano para que o Pará assuma
a liderança da produção no Brasil. O plano também prevê o estímulo para produção
do chocolate da Amazônia a partir de pequenas unidades associativas de
agricultores. O grande gargalo hoje é o fato de se produzir somente 50% da
semente necessária ao plantio. Por isso, também na reunião do Funcacau, ficou
definido que serão priorizadas ações para aumentar a produção de sementes. Já
existe um estudo de matrizes com vários padrões genéticos.
O Brasil ainda não figura como o maior produtor de chocolate
do mundo. O Pará e a Bahia não figuram como produtores do chocolate do Brasil.
E os estados do Sul, que são expoentes desse mercado nacional, não são
produtores do cacau. É preciso mudar esse panorama que não tem lógica. O Pará
produz o cacau de melhor qualidade, que é o de várzea, o qual só pode ser cultivado
no Pará e no Amazonas. O Estado merece se destacar por isso, daí a importância
de sermos bem representados no Salão do Cacau.
Recebemos o apoio dos deputados Raimundo Santos (PR),
Edmilson Rodrigues (Psol) e Nélio Águiar (PMN), que também defendeu o aumento da
produção de açaí a partir do plantio, pois essa atividade ainda está
muito concentrada no extrativismo.
Foto: Agência Pará
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